sexta-feira, 4 de abril de 2008

QUANDO...


Quando te deixas cair, quase vencido,
sobre a cama em desalinho,
depois do amor...
quando fechas teus olhos
e deixas fluir naturalmente a paz...
quando silencias,
e consegues, com teu silêncio,
tudo dizer...

quando ficas frágil(uma criança)
embalado em sonhos...
quando te sinto sensível,
com o coração aberto
e despojado do teu manto,
é que posso entender
o porquê deste amor que me cativa...
não és simplesmente um homem...
És um anjo!...

REGINA AZENHA
DO LIVRO FRAGMENTOS & MUTAÇÕES-1997

AH! SE EU PUDESSE


Em que estarás pensando nesse momento?
talvez, em mim,
ou quem sabe nas lembranças
dos nossos sonhos sem fim...

Ah! Quem me dera poder partilhar
dos teus caminhos
poder ver nossas mãos unindo-se,
como que atadas,
sem poder desvencilhar-se.

Ah! Se eu pudesse...
se nós pudéssemos
fazer de cada segundo uma eternidade, e

fazer de cada instante
uma união completa
de almas e corpos mesclando-se...

Ah! Se nós pudéssemos.................

REGINA AZENHA
DO LIVRO FRAGMENTOS & MUTAÇÕES- 1997

NOSSO SONHO DE AMOR


Às vezes fico a imaginar
se poderá existir um amor
igual ao nosso...

que mesmo alimentado
de instantes, poucos,
mas de imensa beleza,
consegue ser mais veloz que o vento
em dias de vendaval...

... e que, mesmo fracionado
pelos momentos furtivos,
consegue manter acesa a chama,
não importando a distância
que insiste em nos fazer "sós"...

Às vezes, fico a imaginar
se poderá existir um outro amor
igual ao nosso...

Um amor feito só de "às vezes"
mas que mesmo assim, é "para sempre",
que ninguém acredita existir,
mas vivido intensamente por "nós"...

REGINA AZENHA
DO LIVRO FRAGMENTOS & MUTAÇÕES- 1997

FRAGMENTOS


Tento juntar os pedaços que restaram
de um coração...
coração que aos poucos foi se quebrando,
em cascalhos se transformando,
ao longo do caminho...

Tento ...e quanto!
são fragmentos que restaram
de um amor...
de uma vida...

são grãos de areia
que se perderam no tempo,
que se deixarem levar pelo vento,
sem saber bem o porquê...

são lembranças revividas,
que se transformam em poesia,
para perpetuar o ser.

REGINA AZENHA

DO LIVRO FRAGMENTOS & MUTAÇÕES- 1997